Mais comida no prato: preço da cesta básica diminui na maioria das capitais

O valor da cesta básica registrou queda em 15 capitais do Brasil no ano de 2023. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam para reduções significativas em cidades como Campo Grande, Belo Horizonte e Vitória. As únicas capitais que apresentaram taxas positivas foram Belém e Porto Alegre.

Segundo o Dieese, a diminuição no custo da cesta básica veio como um alívio para as famílias brasileiras que sofreram com as altas de preços de alimentos nos últimos anos. Outros fatores como a revalorização do salário mínimo e a ampliação da política de transferência de renda também contribuíram para esse resultado.

Porém, apesar do cenário positivo, a entidade alerta para os possíveis desafios de 2024. Questões climáticas, conflitos externos, e um câmbio desvalorizado que estimula as exportações podem impactar os preços internos das commodities e gerar instabilidade econômica.

Comparação mensal

Na comparação mensal entre novembro e dezembro de 2023, somente quatro cidades registraram diminuição no valor da cesta básica. As maiores quedas atingiram Recife, Natal, Fortaleza e João Pessoa. As cidades que apresentaram o maior custo da cesta básica foram Porto Alegre, São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro.

Salário mínimo necessário para a manutenção da família

Para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário em dezembro de 2023 deveria ser de R$ 6.439,62, quase cinco vezes o valor atual, segundo o Dieese. A estimativa leva em conta as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O estudo constatou ainda que o trabalhador que ganha um salário mínimo teve que destinar 53,59% do seu rendimento para adquirir os produtos da cesta básica em dezembro de 2023. Este percentual é menor que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o comprometimento foi de 60,22%.

Esses dados demonstram uma melhora no cenário econômico para os brasileiros, mas ressaltam a necessidade de políticas de ajuste que possam garantir um equilíbrio duradouro e sustentável.

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