Lula não concorda com vale-carne do Bolsa Família e descarta: “bobagem”

Na última semana, uma onda de notícias inundou os veículos de comunicação do país, sugerindo que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria estudando implementar um adicional ao Programa Bolsa Família, conhecido como “vale carne”.

Este benefício, proposto para fortalecer a segurança alimentar das famílias brasileiras mais necessitadas, consistiria em um auxílio de R$ 35 destinado à compra de carne. Contudo, recentemente, o próprio presidente desmentiu tais afirmações, chamando-as de “bobagem” e esclarecendo que não houve uma consideração séria sobre o tema por parte do governo.

Lula não concorda com vale-carne do Bolsa Família

Durante uma entrevista concedida ao SBT na última segunda-feira, Lula expressou seu espanto e divertimento ao tomar conhecimento dos rumores. “Eu ri muito quando vi a notícia do vale carne, não acreditei”, declarou o presidente, esclarecendo que a ideia surgiu de uma proposta enviada por um cidadão a um ministério, que por sua vez a encaminhou ao Planalto.

Segundo Lula, essa sugestão não passou de uma entre tantas outras e definitivamente não era uma medida que o governo tinha em vista implementar.

A notícia que circulou na semana anterior detalhava a proposta do “vale carne”, descrevendo-a como uma iniciativa inovadora do governo petista para assegurar o acesso a proteínas de qualidade, visando combater a fome e promover uma alimentação mais nutritiva entre as populações vulneráveis.

O Vale-Carne do Bolsa Família

Segundo o que foi divulgado, o benefício permitiria a aquisição de até 2 quilos de carne bovina por mês para os beneficiários do Bolsa Família, com a intenção de tornar a carne um item mais acessível nas mesas das famílias de baixa renda.

A ideia do “Carne no Prato”, como foi preliminarmente batizada, veio à tona através de uma sugestão de um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul e tinha como um de seus defensores Guilherme Bumlai, nome conhecido no setor agropecuário e filho de José Carlos Bumlai, amigo de longa data do presidente Lula.

Esperava-se que o programa beneficiasse até 19,5 milhões de pessoas, estimulando a demanda por mais carne e, consequentemente, apoiando o setor pecuário nacional.

No entanto, com a declaração de Lula, fica claro que essa proposta não se converterá em política pública. A iniciativa, que havia sido relatada como uma possível medida do governo para este ano, enfrentaria avaliações rigorosas dos Ministérios do Desenvolvimento Social (MDS) e da Casa Civil, além de preocupações com o impacto fiscal, considerando o objetivo do governo de zerar o déficit público em 2024.

Apesar do potencial impacto positivo na nutrição das famílias beneficiárias do Bolsa Família, a eficácia e viabilidade do “vale carne” foram questionadas por especialistas em nutrição e economia. Além disso, críticos apontaram para os impactos ambientais associados à produção intensiva de gado.

Em suma, a informação sobre a implementação de um “vale carne” no âmbito do Bolsa Família foi categoricamente negada pelo presidente Lula, encerrando especulações sobre a adoção desse benefício adicional. A proposta, embora tenha gerado debates sobre segurança alimentar e apoio ao setor pecuário, permanecerá apenas como uma sugestão não adotada pelo governo atual.

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