A recente queda na cotação do Bitcoin (BTC) tem despertado debates sobre os rumos dessa criptomoeda no curto e médio prazo. Em meio à desaceleração no ritmo de entradas nos ETFs (fundos de índice) nos Estados Unidos e ao aumento de liquidações em massa no mercado de derivativos, o BTC sofreu uma correção nesta terça-feira (19), caindo abaixo dos US$ 63 mil, uma queda de 7% em relação ao dia anterior.
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Analistas como Ana de Mattos, da empresa de tecnologia blockchain Ripio, apontam para possíveis cenários de queda adicional, destacando pontos de suporte entre as faixas de preços de US$ 61.357 e US$ 57.200. Esses valores representam uma queda potencial de até 16% em relação ao preço de segunda-feira.
Além disso, especialistas como Fernando Pereira, da corretora Bitget, preveem uma redução mais acentuada, estimando uma queda de 20% a 30% no contexto do próximo halving, programado para abril. Isso poderia levar o BTC a níveis entre US$ 44.800 e US$ 51.200.
Oportunidade de compra estratégica antes do halving
Analistas da corretora Bernstein, por exemplo, acreditam que a queda atual não afeta sua visão de longo prazo, prevendo um potencial de alta de 134% após o evento. Essa perspectiva é compartilhada pelo Standard Chartered Bank, que revisou sua previsão anterior e agora estabelece um preço-alvo de US$ 150 mil para o final do ano, com base em analogias com o mercado do ouro e em mudanças no portfólio.
A desaceleração no ritmo de entradas nos ETFs dos EUA, especialmente no caso do GBTC da Grayscale, tem desempenhado um papel importante na recente queda de preço do BTC. Observa-se também uma correlação direta entre essa redução no fluxo de entrada e as liquidações em massa de posições compradas nos mercados de derivativos de criptomoedas, que totalizaram US$ 516 milhões em apenas 24 horas, conforme dados da plataforma CoinGlass.
