Cifra histórica: quem é a primeira mulher a acumular patrimônio de US$ 100 bilhões?
Françoise Bettencourt Meyers, a herdeira da L’Oréal, se tornou recentemente a primeira mulher a ultrapassar a barreira dos US$ 100 bilhões. Segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, sua fortuna atingiu US$ 100 bilhões graças à excelente performance das ações da L’Oréal, que encerrou recentemente a cotação a € 451,30 na Bolsa de Paris.
Aos 70 anos, Françoise ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da L’Oréal, uma empresa avaliada em € 241 bilhões (US$ 268 bilhões). Ela e sua família são os principais acionistas da gigante global de beleza, detendo quase 35% das ações.
O legado de Françoise
A L’Oréal foi fundada em 1909 por Eugene Schueller, avô de Françoise. Foi ele, um químico de profissão, que criou a empresa para vender uma tinta de cabelo que havia desenvolvido.
Françoise Bettencourt Meyers tornou-se a mulher mais rica do mundo após a morte de sua mãe, Liliane Bettencourt, em 2017. Apesar da riqueza imensa, Françoise é conhecida por manter a sua vida pessoal longe dos holofotes.
Além das suas responsabilidades na L’Oréal, ela é autora de diversas obras. Entre seus livros estão ‘Um olhar para a Bíblia’, composto por cinco volumes, e ‘Audição para leigos’, lançado em 2017. Contudo, Meyers tem contribuído também para projetos sociais. Após o incêndio na Catedral de Notre-Dame de Paris, ela e a L’Oréal doaram US$ 226 milhões para ajudar nos reparos do monumento. Além disso, Meyers fundou a Fondation Bettencourt Schueller, uma instituição de caridade que tem como objetivo auxiliar artistas menos conhecidos.
Os desafios e conquistas recentes da L’Oréal
Como muitas empresas, a L’Oréal enfrentou dificuldades durante a pandemia do coronavírus, com as vendas de maquiagem caindo à medida que as pessoas ficavam em casa. No entanto, após o fim dos confinamentos, houve um aumento na demanda pelos produtos de cosméticos e moda, impulsionando a indústria.
Como parte de suas estratégias de crescimento, a L’Oréal fez a maior aquisição já realizada por uma empresa francesa do setor de cosméticos, comprando a marca australiana Aesop da brasileira Natura por US$ 2,5 bilhões em abril do ano passado.
Com a diversidade geográfica e a variedade de produtos, espera-se que as ações da L’Oréal possam subir cerca de 12% em 2024, de acordo com Brett Cooper, analista da consultoria Consumer Edge Research.
Com uma ampla gama de marcas sob seu controle, a L’Oréal continua como uma das empresas mais influentes no ramo da beleza e cosméticos. Prova disso é o recente aumento no valor das ações, que permitiu que Françoise Bettencourt Meyers chegasse ao topo das mulheres mais ricas do mundo.