Cigarro Eletrônico (vape): Descubra os perigos que colocam sua saúde em risco

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), surgiram como uma inovação aparentemente moderna e alternativa ao tabagismo convencional.

No entanto, o que inicialmente foi considerado uma alternativa potencialmente menos prejudicial agora é objeto de preocupação para especialistas em saúde pública em todo o mundo. O aumento alarmante do uso desses dispositivos entre os jovens tem acendido luzes vermelhas nos corredores da saúde global.

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Estudos recentes, incluindo um realizado pela revista Pediatrics, destacam o aumento do consumo de cigarros eletrônicos entre adolescentes nos últimos anos. Esse aumento é particularmente marcante em regiões como a Europa, onde a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu o cenário como “alarmante”.

No Brasil, dados da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas revelaram um crescimento com cerca de um quarto dos jovens entre 18 e 24 anos relatando ter experimentado cigarros eletrônicos em 2023, representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior.

Variedade de sabores em que são comercializados

Desde piña colada até cappuccino, os sabores disponíveis tornam os cigarros eletrônicos especialmente atrativos para os jovens consumidores. Em relação as compras, no Brasil, por exemplo, é possível comprar esses produtos por meio de aplicativos de entrega, com a verificação da idade muitas vezes sendo apenas um simples clique em um botão.

Mas por que o alarme?

Os perigos à saúde associados ao uso de cigarros eletrônicos são cada vez mais evidentes. Registros de inflamações pulmonares, doenças cardiovasculares e comprometimento do sistema imunológico estão se acumulando.

O fenômeno conhecido como “pulmão de pipoca”, uma condição em que os brônquios ficam obstruídos por pequenas bolsas de ar, originalmente associado a trabalhadores de fábricas de pipoca de micro-ondas, também está sendo observado em usuários de cigarros eletrônicos.

A presença de substâncias nocivas, como nicotina, produtos químicos tóxicos e metais pesados, nos líquidos vaporizados levanta sérias preocupações sobre os danos a longo prazo que esses dispositivos podem causar ao organismo.

Riscos à saúde

A Sociedade Americana do Câncer adverte que o uso prolongado de cigarros eletrônicos pode levar ao desenvolvimento de tumores e à dependência.

A chamada crise do Evali, uma inflamação pulmonar associada ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar, resultou em milhares de casos e dezenas de mortes nos Estados Unidos entre 2019 e 2020, destacando ainda mais a urgência de abordar esse problema de saúde pública.

Saiba como combater essa ameaça à saúde

Campanhas de conscientização sobre os riscos dos cigarros eletrônicos, fiscalização rigorosa de estabelecimentos que vendem esses dispositivos e medidas para restringir o acesso de menores de idade são passos essenciais. Isso requer a colaboração entre órgãos governamentais, como o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Polícia Federal e o Procon.

As escolas também desempenham um papel fundamental na prevenção do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens. Programas educacionais que abordam os perigos do vaping e oferecem apoio para aqueles que desejam parar de usar esses dispositivos são fundamentais para combater essa epidemia entre os adolescentes.

Além disso, os profissionais de saúde devem estar preparados para discutir o tema durante consultas médicas com adolescentes e seus pais, fornecendo informações precisas e apoio para ajudar a prevenir o uso desses produtos.

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