Com salário superior a R$ 5.500, brasileiros querem ser motoristas de aplicativo o quanto antes

Com o número crescente de brasileiros em busca de oportunidades de trabalho como motoristas de aplicativo, o Governo Federal lança a campanha “Autonomia Com Direitos”, abordando o Projeto de Lei Complementar (PLP) 12/2014.

Esta iniciativa garante aos motoristas de aplicativos um ganho mínimo por hora trabalhada, além de garantir direitos fundamentais, como aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade e outros benefícios.

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O PLP 12/2024 é resultado de um diálogo entre trabalhadores, empresas e o governo, representados pelo Grupo de Trabalho dos Aplicativos. Esse grupo elaborou uma proposta de regulamentação das atividades realizadas via plataformas tecnológicas, com base no Decreto nº 11.513.

O projeto respeita a autonomia dos motoristas de aplicativos, ao mesmo tempo em que garante direitos mínimos, como transparência de dados, aposentadoria digna, auxílio em caso de acidente ou doença, pensão por morte e licença-maternidade.

    Remuneração mínima garantida

    O PL estabelece que nenhum motorista ganhará menos de R$ 32,10 por hora trabalhada, considerando um mínimo para a dignidade do trabalho.

    Esse valor foi calculado com base na Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo, garantindo que os pagamentos líquidos mínimos por hora sejam de R$8,03, incluindo descanso semanal remunerado, com as restantes coberturas custos como uso do celular, combustível, manutenção do veículo, seguro automotivo, impostos e tempo de espera pelo passageiro.

    Ganhos mensais

    Os ganhos monetários dos motoristas dependerão da quantidade de horas trabalhadas. Por exemplo, um motorista que trabalha 8 horas diárias durante 22 dias receberá no mínimo R$ 5.649,60, com uma divisão entre cobertura de custos e contribuições líquidas.

    Esse valor é um mínimo, permitindo ganhos superiores dependendo da política de remuneração de cada empresa.

    Os motoristas têm a oportunidade de ganhar mais do que o valor mínimo estipulado por hora trabalhada, dependendo das políticas de remuneração de cada plataforma. Isso incentiva a busca por empresas que ofereçam melhores condições de ganho.

    Contribuição ao INSS

    Os motoristas inscritos no Regime Geral da Previdência Social (RGPS) terão regras específicas para o recolhimento da contribuição ao INSS, com uma divisão entre trabalhadores e empresas, levando em conta que 75% dos ganhos dos trabalhadores são considerados e não são utilizados no cálculo da contribuição previdenciária.

    A alíquota previdenciária de 27,5% será aplicada apenas sobre 25% dos ganhos do trabalhador, com uma divisão entre a contribuição do trabalhador (7,5%) e da empresa (20%).

    Andamento do Projeto de Lei

    O PL já está disponível para Câmara e Senado. Se aprovado, seguirá para sanção ou veto presidencial, tornando-se lei após o período de 120 dias da publicação. Durante esse tempo, os dispositivos da lei serão implementados, garantindo os direitos e benefícios aos motoristas do aplicativo.

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