Gol fecha dia em baixa na Bolsa de Valores após vazar informação de recuperação judicial

No último domingo (14), a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) foi manchete quando o jornal Folha de S.Paulo informou que a empresa poderia pedir recuperação judicial nos Estados Unidos no próximo mês. As ações da companhia chegaram a despencar até 13,03% no início do pregão de segunda-feira (15), porém fecharam o dia em queda de 6,05%, cotadas a R$ 7,14.

Segundo a coluna Painel da Folha, a Gol estaria inclinada a optar pelo Capítulo 11 da lei de falências dos EUA, que seria mais vantajoso que a recuperação judicial no Brasil. Nos próximos 15 dias, a companhia planeja criar um plano de reestruturação de dívidas, para evitar uma disputa judicial. No entanto, o jornal destaca que a tarefa vem se mostrando inviável, devido à multiplicidade de interesses em jogo.

Impacto no mercado

Em uma nota emitida à InfoMoney, a Gol confirmou que está discutindo diferentes abordagens para reestruturar finanças, incluindo a possibilidade de capital adicional para financiar suas operações.

O Itaú BBA previu em relatório que o mercado reagiria negativamente às notícias, gerando preocupação sobre potenciais diluições para os acionistas. A Gol, por sua vez, enfatizou que seu principal foco está na confiabilidade de suas operações e em proporcionar uma excelente experiência de viagem aos seus clientes, visando fortalecer-se para o futuro.

Situação financeira da Gol

No início de dezembro do ano passado, a Gol anunciou a contratação de um consultor financeiro para ajudar na revisão de sua estrutura de capital. Durante o seu “Investor Day”, a Gol compartilhou os desafios em lidar com a liquidação da empresa, pois a atual situação não permite que a companhia volte a operar todas as aeronaves que estão em solo, um custo que ficaria entre US$ 200 – 250 milhões.

Com recomendação neutra pelas corretoras The Bradesco BBI e The Itaú BBA, espera-se que a Gol alcance um acordo com as partes interessadas para que consiga garantir alívio de caixa, ou terá que optar pelo Capítulo 11, como última opção para a recuperação da companhia.

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