Grupo rebelde do Iêmen ataca navios no Mar Vermelho e coloca economia mundial em alerta; saiba mais

O cenário geopolítico global é palco de variadas disputas, onde a luta por poder pode gerar imensos impactos não só para as partes diretamente envolvidas, mas para todo o mundo. Um exemplo disso é o Canal de Suez, conceituado como a principal rota de conexão entre Ásia e Europa e fundamental para cadeias de suprimentos globais. Recentemente, tais locais têm sofrido um ataque contínuo pelos rebeldes houthis, afetando substancialmente a segurança e a dinâmica do comércio mundial.

Atualmente, a Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA) propaga que o Canal de Suez é “essencial para a segurança energética global”. Situado entre o Mar Vermelho e a Península Arábica, o canal é imprescindível para o abastecimento de matérias-primas e mercadorias para o mundo inteiro. Infelizmente, essas áreas têm sido alvo de ataques regulares de um grupo armado do Iêmen, conhecidos como houthis.

Por que os houthis estão atacando os navios cargueiros?

No contexto da guerra civil do Iêmen, temos um grupo armado apoiado pela Arábia Saudita e outro, apoiado pelo Irã, estes últimos, os rebeldes houthis. Nos últimos dias, os houthis apontaram os navios cargueiros que transitam pelo Mar Vermelho até o Canal de Suez como novo alvo. Acontece que 10% dos bens comercializados internacionalmente atravessam esta área aquática, segundo a agência de notícias Associated Press.

Esses atentados geraram polêmica em escala global e apreensão entre as principais empresas de navegação e petróleo. Na busca pela segurança, a maioria dessas corporações optou por alterar suas rotas comerciais, afastando-se do Mar Vermelho. Segundo a fonte The New York Times, dos 50 navios que diariamente cruzam o Canal de Suez, pelo menos 32 alteraram seus caminhos.

Como essas mudanças podem impactar a economia mundial?

Tais mudanças geram inevitáveis atrasos na entrega de produtos e elevação nos preços. Na tentativa de evitar estes prejuízos, gigantes do setor como a British Petroleum (BP), por exemplo, decidiram “pausar temporariamente todo o trânsito pelo Mar Vermelho”, incluindo envios de petróleo, gás natural liquefeito e outros suprimentos de energia. Essa decisão tem natureza precautória e pode ser modificada a qualquer momento.

Além do mais, o aumento no preço do petróleo e do gás natural na Europa evidencia o nervosismo do mercado frente aos ataques dos houthis. Por conclusão, o conflito no Mar Vermelho expressa não só uma disputa de poder, mas também a possibilidade de impactos econômicos drásticos, o que reforça primordialmente a importância de estratégias internacionais para assegurar a liberdade de navegação para todos os países.

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