Quem são as 10 mulheres mais ricas do Brasil em 2023? [Atualizado]

Na lista da Forbes de Bilionários Brasileiros 2023, 22% são mulheres, mostrando um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. De acordo com a publicação, em 2022, eram 58 super-ricas, e neste ano, são 60 posições ocupadas por mulheres, entre empreendedoras e herdeiras.

Estas mulheres chegaram à liderança do ranking brasileiro pela primeira vez nos seus 12 anos de existência. Este aumento na representação feminina entre os bilionários do Brasil é notável, considerando que ainda existe uma lacuna substancial na igualdade de gênero em muitos setores da economia.

As 10 mulheres mais ricas do Brasil em 2023, segundo a Forbes

1. Vicky Sarfati Safra e família 

Viúva do banqueiro Joseph Safra, que morreu em dezembro de 2020, Vicky Sarfati herdou cerca de metade da fortuna atribuída ao empresário, incluindo o Banco Safra. Ela nasceu na Grécia pouco antes de sua família se mudar para o Brasil. 

A viúva lidera a Vicky and Joseph Safra Philanthropic Foundation, que patrocina saúde, educação e artes. Desde março de 2023, a Forbes USA passou a considerar o patrimônio de Vicky e de seus filhos (Jacob, Esther, Alberto e David) em conjunto.

2. Maria Helena Moraes Scripilliti e família 

Caçula dos quatro filhos do pernambucano José Ermírio de Moraes, fundador da Votorantim, Ermírio Pereira dividia com os dois irmãos homens e o cunhado Clóvis Scripilliti a gestão do grupo até a reestruturação, em 2017. Ele mantém sua participação, mas não atua mais no dia a dia da empresa, que em 2021 fez o IPO da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) na B3. Depois da morte de Antônio Ermírio de Moraes, seus nove filhos e herdeiros assumiram a parte do empresário na Votorantim Participações

Maria Helena, por sua vez, é viúva de Clóvis, que teve atuação forte junto do sogro no nordeste nas décadas de 1960 e 1970. A família ainda é dona de 100% do império, o quinto maior grupo industrial diversificado da América Latina, com operação em mais de 20 países.

3. Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela 

Ao lado do irmão Alfredo, Ana Lúcia é uma das maiores acionistas individuais do grupo Itaú Unibanco. Juntos, os dois bisnetos de Alfredo Egídio de Sousa Aranha, fundador do Banco Federal de Crédito, detém cerca de 14% da Itaúsa, holding controladora do maior banco privado da América Latina. Ela preside o Instituto Alana, organização sem fins lucrativos voltada a projetos culturais financiada pelos dois irmãos.

4. Leila Pereira

Leila e o marido, José Roberto Lamacchia, são donos da Crefisa, empresa de crédito pessoal para negativados, e da Faculdade das Américas (FAM), fundada em 1998. Apaixonados por futebol, José e Leila são os maiores investidores nesse esporte no Brasil, em especial no Palmeiras, clube atualmente presidido pela empresária. O patrimônio do casal está R$ 800 milhões maior desde a última edição deste ranking.

5. Lucia Borges Maggi

Lucia Maggi, seus filhos Blairo e Marli e os genros Itamar e Hugo controlam a gigante agrícola AMaggi, criada por ela e André Antônio Maggi como Sementes Maggi em 1977. Com sede em Cuiabá (MT), hoje a companhia tem negócios de navegação e energia e fazendas de grãos. 

6. Neide Helena de Moraes 

Os três irmãos são netos do fundador do grupo Votorantim, José Ermírio de Moraes, e sobrinhos do consolidador da companhia, Antônio Ermírio. O trio herdou a participação do pai, José Ermírio de Moraes Filho, em partes iguais. Em sua gestão como presidente do braço industrial do grupo, José Roberto conduziu uma das maiores fusões brasileiras: Votorantim Celulose e Papel com a Aracruz, entre 2008 e 2009, criando a Fibria, anexada em 2018 à Suzano.

7. Marli Maggi Pissollo e família 

Lucia Maggi, seus filhos Blairo e Marli e os genros Itamar e Hugo controlam a gigante agrícola AMaggi, criada por André Maggi. Com sede em Cuiabá (MT), a companhia tem negócios de navegação e energia e fazendas de grãos.

8. Anne Werninghaus 

Anne é a filha primogênita do empresário Diether Werninghaus e neta de Geraldo Werninghaus, um dos três fundadores da WEG. Depois de receber grande parte das ações detidas pelo pai, ela se tornou a maior acionista individual dentre os muitos familiares de fundadores que detêm participação acionária na companhia. A exemplo da maioria dos outros herdeiros familiares da WEG, Anne não atua na empresa.

9. Dulce Pugliese de Godoy Bueno

Dulce fundou a rede de assistência de saúde Amil em 1972 com o ex-marido, Edson de Godoy Bueno. Eles se divorciaram, ela saiu da administração diária da companhia, mas manteve uma elevada participação acionária. Após a compra da empresa pela gigante norte-americana UnitedHealth em 2012, a médica (que também é PhD em administração pela Universidade do Texas) acompanhou Edson em seus novos negócios, como a rede de laboratórios Dasa.

10. Cristina Helena Junqueira 

Co-fundadora do Nubank, Cristina entrou para a lista depois do IPO da instituição financeira na Bolsa de Nova York, em dezembro de 2021. Antes de se juntar a David Vélez e Edward Wible para criar o banco digital, em 2013, Cristina comandou a maior divisão de cartões de crédito do Itaú. 

Com cerca de 2,9% das ações da instituição, é a primeira mulher a se tornar bilionária por conta de uma fintech no Brasil. Ela é também uma das poucas mulheres da lista brasileira a integrar o time de self-made bilionários, cujo patrimônio é resultado do trabalho próprio, e não de herança. 

Fonte: Revista Forbes

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