Veja 5 alimentos que estão pesando seu bolso e devem aumentar com a inflação

Nos últimos 12 meses, que culminaram em março de 2024, os preços dos alimentos consumidos em domicílio registraram um acréscimo médio de 2,26% para os consumidores do Brasil. Essa informação é baseada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação do país, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Thiago de Oliveira, que atua como coordenador na área econômica da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp), a formação dos preços dos alimentos é atribuída, em grande parte, às condições climáticas, representando cerca de 70% do total. Os restantes 30% são influenciados pela demanda dos consumidores e pela variação sazonal na produção.

Alimentos inflacionados

Dentre os itens que registraram os maiores aumentos de preço durante esse período, merece destaque o coentro, cujo valor aumentou em 40,88%. Conforme indicado pelo IBGE, esse acréscimo foi motivado por condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e precipitações acima da média, impactando negativamente na disponibilidade do produto. Adicionalmente, o aumento na demanda durante o período da Páscoa também contribuiu para a alta dos preços.

O preço da batata-inglesa também experimentou um significativo aumento, alcançando uma elevação de 38,11% ao longo dos últimos 12 meses. Esse aumento foi impulsionado por desafios climáticos, como chuvas durante as etapas de plantio e colheita na região Sul do Brasil, além de questões relacionadas à qualidade da safra em Minas Gerais.

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Frutas mais caras

Um item que se destacou com um aumento considerável foi a laranja-pera, apresentando um incremento de 39,24% nos últimos 12 meses. O calor intenso, especialmente no Estado de São Paulo, que é o principal polo produtor do país, afetou negativamente o desenvolvimento das frutas.

Além disso, a propagação de doenças nos laranjais, como o greening, levou muitos produtores a migrarem para outras regiões, resultando em uma redução da área cultivada e impactando diretamente na oferta do produto.

A banana prata também experimentou um significativo aumento de preço, com um acréscimo acumulado de 37,54%. Esse movimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo condições climáticas adversas em todo o país, custos logísticos elevados e escassez de mão de obra, todos contribuindo para essa elevação nos preços.

Por último, o morango apresentou um significativo aumento de preço, elevando-se em 37% ao longo de 12 meses. Embora seja cultivado em ambientes protegidos, como estufas, o morango enfrentou desafios devido a um inverno quente e chuvas abundantes, impactando a qualidade da fruta. Com o início da safra, é esperado que os preços comecem a declinar.

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